A
casa da minha avó era
diferente,
De todas as casas das vovós,
era um sonho,
só um sonho ...
um sonho que vivi toda a minha
infância,
tinha muita vontade de ter conhecido
o grande casarão
onde minha mãe morou,
e que vovó falava tanto.
Mas isso não aconteceu,
Não pude brincar e nem
subir nos grandes sofás
brincar no grande terreiro,
que certamente, tinha árvores
imensas,
sentar na cozinha grande, perto
do fogão a lenha
e apreciar as gulodices feitas
pela vó Mariquinha.
Vovó não tinha
uma casa prá receber
os netinhos,
ficava uns tempos com uns ...
E assim ia variando.
Vovó era uma mestra em
trabalhos manuais,
fuxico, tricô, e colcha
de retalhos,
era com ela mesmo.
Lembro-me dela com seus lindos
olhos azuis,
Tricotando com quatro agulhas
lindos trabalhos.
De fazer inveja.
Cantava como ela só.
Ficava na varanda escondida
Vendo-a resmungar algumas palavras
e com voz bem firme cantava:
Ave...Ave...
Ave Maria!
Às vezes ficava com vontade
de rir,
Mas ela era tão doce,
tão meiga ....
Rir do quê?
Vovó era brava ,mas gostava
de contar histórias de
fadas.
E o final era sempre feliz,
até mesmo a história
Do Chapeuzinho Vermelho, que
no final,
As duas saíram a brincar
pela floresta e rindo do lobo
mal.
Vovó quantas saudades
deixou!
Olhando para o espaço
celestial
a vejo brincar com as estrelas
rodopiando com elas.
Luiza Helena Guglielmelli Viglioni
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