Comentários
da Maga de Bariri
Para Abílio, um Amigo
Especial!
Estou muito feliz de estar
aqui, amigo Abílio!
Quando li seu nome no e-mail
da DD para mim, fiquei deveras
atarantada.
Há nomes em nossa lista
que já se me fizeram
familiares, mas, parecia-me
nunca ter visto o seu.
Então, fui a sua procura
e, através de textos
jornalísticos que encontrei
postados por você, cheguei
no seu
"Os Homens Pássaros".
Comecei a ler suas notas sobre
o autor e me perguntava como
poderia eu, em minha pequenez,
homenagear um homem com tantos
predicados.
Um músico que tocou
violino para o presidente
JK.
Um leitor costumeiro de grandes
nomes da literatura nacional
e mundial. Juro que contei
uma centena de nomes...
Um respeitável economista
aposentado pelo Ministério
de Gestão e Planejamento.
Um estudioso de Ocultismo,
um buscador da essência
do ser.
Entre tantos predicados vi
sua foto com olhar austero,
que você quase me pareceu
intransponível. Felizmente,
dias depois, alguém
teve a gentileza de enviar
uma mensagem com outra foto,
em que risonho, aparece ao
lado da Luna e de outras amigas.
Que alívio!
Mas, acima de tudo, houve
algo muito importante que
me fascinou de cara: você
é mineiro! Como eu
não poderia ser capaz
de me enfronhar no coração
de um mineiro, se as Minas
Gerais é uma terra
que tanto amo? Que me traz
reminiscências de vidas
transatas?
Desabou-se meu receio e passei
a lhe procurar nas entrelinhas
das colunas de jornais que
posta, para encontrar os meandros
da sua essência humana.
E achei um homem preocupado
com o futuro do planeta, com
a animosidade entre seus iguais,
com os sentimentos e atitudes
que nos fazem menores. Encontrei
um Abílio que se deleita
com as manifestações
da arte, seja em cordel, seja
nas melhores páginas
literárias comentadas.
mas, principalmente, encontrei
um homem apaixonado por boa
música, que me conduziu
por veredas onde pude ler
críticas dos mais escondidos
artistas, produtores, arranjadores
e instrumentistas, descobrindo
um filão de ouro para
a sonoridade sem limites e
sem par.
Li seus poemas, aqueles que
encontrei em sua página.
Você falou de tudo um
pouco, com inocência,
às vezes; com irreverência,
outras; com ternura, nas mais
das ocasiões.
Poderia continuar a falar
sobre sua trajetória
, sobre seu espírito
inquieto, que não se
coaduna com a placidez de
sua figura, mas, por ora,
são estas minhas primeiras
palavras para Meu Amigo Oculto!
Com muita honra!
Receba meus abraços
fraternos!
Sou Maga de Bariri
*******************************************
Meu
Culto Amigo Oculto!
Sou um tanto nova de casa
Pouco presente no versejar
Mas, curiosa e interessada,
No folguedo resolvi entrar.
Veio o nome do sorteado.
Teria um erro ocorrido?
Pois que não o vi listado
Entre os nomes já sabidos.
Pouco
a pouco fui checando
Pelo Amigo procurando
Até que o encontrei
Não entre versos brandos.
Nem a poemas, nem entre contos
Mas em meio a colunas
de jornais. São tantos!
Mas, seria ele homem de tribuna?
Mexe aqui, mexe acolá
Encontrei seu sonho passarinho
Foi para mim um samburá
Aprendi muito sobre o canarinho.
Mas, restava uma boa surpresa
Saber que meu Amigo Secreto
Era da terra das singelezas
das Minas Gerais um filho
dileto.
Meu Amigo atende por Abílio
Até seu nome é
pouco comum
Multifacetário. Ora
canta o idílio
Ora das vilanias faz um zumzum.
Tenho certeza que foi a sorte
que me deu u'a mãzinha
mandando-me um amigo de porte
que estuda até bem
de tardinha.
Homem, um ideal entre tantos
Assim é o amigo que
quero loar
Sei que ele fará meu
contracanto
E, por certo, nos versos vamos
parear!
É só o tempo
deixar passar!!!
Maga de Bariri
**********************************************
Um
Sonho de Paz
Intensamente
preparava-se para o esperado
dia. Sua tarefa era por demais
especial. Nada podia sair
menos que perfeito, pois daquela
obrigação que,
junto a outros abnegados tarefeiros,
competia-lhe executar, dependia
o suceder dos acontecimentos.
Sua preparadora , em tão
longínqua dimensão,
ensinara-lhe repetidas vezes
todo o desenrolar do sagrado
ritual. Já era uma
discípula completa
em conhecimentos, já
recebera a outorga dos sagrados
símbolos e a chama
da vida, que para sempre deveria
conservar .
Tomara todos os cuidados que
tarefa de tanta responsabilidade
requeria. Seus pupilos amados
estavam eufóricos e,
ao mesmo tempo, ansiosos por
participarem da sublime celebração.
Nada poderia faltar, pois
que o tempo tão escasso
não lhes ensejaria
chance de retornar à
escola iniciática.
Além de que sabia Tamises
que no seu estágio
de iniciada não poderia
falhar.
Sim, dependia dela, de seu
empenho, de sua dedicação,
de sua completa entrega o
resultado feliz da missão
, que traria aos habitantes
do distante planeta a chama
flamejante da nova vida. Parte
dos habitantes daquele mundo
já estava em condições
de recebê-la.
Enfim , com tudo preparado,
o grupo estava pronto para
os espaços cruzar ,
vencendo a distância
num crepitar da chama da vida,
movida pelo sentimento mais
nobre que há: o amor
incondicional.Eis que, temores
e emoções, alegria
e apreensões viajaram
aninhados em seus corações.
Tamises, à frente,
pousou delicada naquele ambiente
estiolado, de onde emanavam
densas vibrações.
Vinha deslumbrante , em seu
traje reluzente, carregando
com cuidado seu alforje de
gázea textura. Depositou-o
cuidadosamente no pilar, conforme
o plano de ajuda adredemente
esmiuçado nos mais
sutis detalhes.
Verificando que estava tudo
a contento dirigiu-se uns
passos adiante, onde seus
alunos e companheiros de empreitada
haviam montado um círculo
e entoavam mantras de louvores
ao Criador da Vida. Com suas
espadas luminosas, que não
eram armas, mas, sim, instrumentos
do seu trabalho de amor, cruzaram
o espaço , nele desenhando
os pontos fundamentais da
galáxia.
Então, fenômeno
raro se fez ver: de pontos
distintos do firmamento focos
de vertiginosas luzes de cores
não imagináveis
apareceram e jorravam sobre
o grupo, sendo canalizados
pelo rutilar das espadas.Tamises
elevou uma prece de gratidão
ao Sol Central, seguida em
quedo silêncio pelos
apostolandos.
A um imperceptível
sinal da líder o grupo
caminhou até o pilar,
que tinha vida a lhe correr
nas entranhas. Tal pilar terminava
numa espécie de banco
natural, coberto de relva
macia e, sem se dar a perceber
, tinha engastado uma pequena
porta, que dava acesso a uma
lapinha revestida de nacarado
mineral. Então, Tamises
tomou de dentro de seu alforje
um volume envolto em manta
de escumilha e, com todo cuidado,
abriu-o sobre a relva aconchegante.
Quando a iniciada elevou aos
céus o que tinha entre
as mãos viu-se um coração
pulsante que cintilava aos
alvores da Lua.
Aquele era o novo coração
da Terra! Essa era a finalidade
da sua misão: trocar
o velho e desencantado coração
do planeta, cansado de marcar
tanto tempo de contendas e
horrores humanos, por um novo
coração. Um
coração criança,
nimbado de esperanças,
capaz de novo ânimo
à Terra dar!
Enquanto Tamises efetuava
a troca dos órgãos
vitais fez-se ouvir um coro
de dúlcidas vozes,
numa mescla harmoniosa de
tons, que exaltava a soberana
dos corações,
a Paz! Aquele jorro de vitalidade
trazia para o planeta a certeza
de que a humanidade que por
aqui estagia cultivaria esse
nobre sentimento, essa iluminada
virtude em todos os atos,
daquele momento em diante.
Concluída a nobre tarefa
aqueles seres sublimes regressaram
ao seu mundo de origem, deixando
para os terráqueos
uma semente de Luz e de Amor.
O zimbório fechou-se
após aquela visão
de sonhos. Desde então
e para sempre cada ser humano
traz inscrustado em seu coração
espiritual a chama sublime
para promover a hamonia entre
todas as formas de vida que
estagiam na Terra, caminhando
pela inevitável trilha
da evolução.
Maga de Bariri
Em homenagem ao poeta sonhador
e batalhador de um Mundo Melhor
Abílio Terra Júnior.
Meu caro Amigo Oculto
29 de dezembro de 2006
**********************************