H.
caminhou pela rua escura
dos impenetráveis mistérios
dobrou a esquina
da sensualidade íntima
subiu
a íngreme colina
dos espelhos que nunca se encontram
passou ao lado do jardim das
veredas
que se bifurcam
ouviu
o canto
da donzela encrespada
correu para alcançar
o pássaro dourado da
imaginação
declinou
o mais antigo poema
imaginou-se cônscio
da sua aparência
apagou a lembrança
das quimeras abertas
se
indispôs com o pássaro
que surgiu do nada
atravessou a nado o lago azul
das perplexas noviças
alcançou
o barco
dos inolvidáveis prazeres
atracou no porto
dos torpedos amorosos
pisou
na areia vibrátil
das canções volúveis
colheu e mastigou a maçã
multicor
das erupções emocionais
se
encostou na árvore
do semblante que se esconde
plantou a semente
da graça universal
perguntou
à pitonisa dos duendes
que sorriu enigmática
seguiu os passos xamânicos
até a caverna oculta
do sonho ininterrupto
percebeu
a presença
da ondina que acordava do sono
secular
cantou com o coro
dos mentores invisíveis
das teias da sua alma
alçou
vôo até o cume
extremo da sua poesia
penetrou no túnel infindável
da sua consciência
Abilio
Terra Junior
16/05/2012

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