Como
começar? - Jean-Pierre
Barakat
Há de ser assim. Uma
noite de verão, onde
mil amores se juram eternas
promessas e mil outros se
afogando no bulcão
doloroso das lágrimas.
A minha história situa-se
entre estes dois sublimes
pólos. Não houve
ruptura, somente continuação
de um processo de aprendizado
e purificação.
Dizer que amei e não
amo mais seria uma grande
blasfêmia, vivo por
causa e através do
amor. Sou a intensidade do
amor em virtude da palavra
de deus que flui em mim, o
criador de todas as coisas
do universo. Uma vida sem
amor é para mim uma
trilha sem deus, uma lavoura
estéril.
Meu destino é semear,
não existe prazer maior
de que plantar a semente do
amor no coração
humano. É uma obra
difícil, laboriosa
e que exige muita paciência
e dedicação.
Permaneço leigo, não
me comprometo a nenhuma ordem
religiosa: há muitas
maneiras de servir a deus
e meus irmãos.
Mas agora quero Voltar ao
começo, o começo
de tudo que sei e sou... Foi
numa noite de verão,
muitos e muitos anos atrás,
que ela me levou para ver
as estrelas. Eu era uma criança
muito querida e sonhadora.
Olhei para seus olhos e vi
as estrelas do céu
bruxulear no espelho mais
lindo que havia visto até
então: sabia que, desde
aquele momento, o amor havia-me
enfeitiçado.
irremediavelmente.
© Jean-Pierre Barakat,
25.10.2004
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Mar
e Moto - Jean-Pierre Barakat
Estar aqui no mar
E moto das emoções
Viver remoto de tudo
Há mar absoluto
Amar é infinito
Maremoto.
©
Jean-Pierre Barakat, 08.02.2005
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O
Amor - Jean-Pierre Barakat
Mistério e Sorte
Na dualidade da existência:
Luz da esperança?
Além,
muito além da Morte:
Ressurreição
das profundezas
Da alma na sombra
Cada vez que o coração
bate.
Amor,
uma obra de arte.
© Jean-Pierre Barakat,
11.02.2005