
que
encanto
que olhar
madeixas negras
lábios polpudos
um
perfume que embala
uma veia que estala
ao encontro dos seios
me
perco neste breu
que é agridoce
um
canto de odalisca
mordiscadas internas
um profuso paraíso
um
compasso indiano
um mar em que se bóia
pernas
de gazela
de uma floresta perdida
com cipós que se emaranham
em esculturas antigas
hálitos
e salivas compostos
por mim e por ela
perdidos
em uma ampla alcova
que trafega em um espaço
milenar e proscrito
só a nós permitido
Abilio
Terra Junior
12/07/2005
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