o
negro convicto ventre
em uma prece vespertina
invocava antigos deuses
numa prece silenciosa
nada
se movia
apenas o respirar
numa ode antiga
sentia a vida acordar
um
sopro das entranhas
do espaço nebuloso
nas profundezas da terra
daimons então despertos
com
olhos semiabertos
caminhavam entre versos
enrodilhavam-se neles
e os jogavam para o ar
se
entranhavam aos poucos
na sua mente alerta
abriam-se estranhas hordas
que se avolumavam do nada
ou
do que se esperava
vindo ninguém sabe donde
percebia cada linha
nos divisores dos mundos
corria
por elas inerte
como um célere nubente
das núpcias de ouro
da alquimia de outrora
a
jangada de pedra
não cessava de girar
enquanto o cão vigiava
preciso nas suas andanças
o
mundo não era o mesmo
e nunca fora tampouco
a vida às vezes ia
e de repente surgia
satisfeita
o acordava
no limiar de uma prece
os deuses vinham das runas
o aconselhavam olha bem
nunca peças homem nunca
peças
pois
poderemos atendê-lo
sorria então em silêncio
bem dentro de si
a alquimia se dera
sem que percebesse
Abilio
Terra Junior
24/05/2011
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