ouço
ruídos que vêm
de dentro
e se riem de mim
mas me deliciei com Brigitte
Bardot cantando La Madrague
e Coralie Clement
e Jane Monheit
esplêndidas vozes maravilhosas
e meus dias passam e as noites
também
surgem novidades no horizonte
e todos se alegram
lembramos que é dia de
S. Judas Tadeu
uma
pequena orquestra tenta se apresentar
em Grozny
e o velho cowboy tenta reatar
suas origens
esforço inútil
o moço que morre imagina
tanta coisa que dá um
filme
as mulheres rolam na areia e
as ondas batem
o mar sussurra timidamente ao
vê-las em seus corpos
morenos fortes frágeis
que temem e admiram o mar
uma
mulher ouve sons e os associa
a cores e formas
e um homem cego desde que nasceu
pinta paisagens
com perspectiva formas cores
nossos semblantes galopam como
corcéis
sonhamos sonhamos mergulhando
nas origens
rodeados de mulheres nós
mergulhados num buraco negro
fatigamo-nos na escuridão
lontras
se refugiam protegem seus filhotes
o vento passa rápido
levanta a neve
sentimos a hostilidade mas lutamos
a nosso modo
lembranças
passam rápidas
alcançamos a atemporalidade
bebemos do veneno azul da magia
e sabemos da incerteza das espécies
e de como vagamos estéreis
em nossa juventude
mas ainda assim sobrevivemos
pensávamos na orgia e
na salvação
ora ora diria a moça
dos olhos de prata
vocês se enganaram
buscam a luz vermelha?
olhem ali ela é verde
trogloditas
porque não vão
pras profundas dos infernos?
seguíamos seu conselho
com nossos olhos tenros
Abilio
Terra Junior
30/10/2009
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