RETRATO
DA VIDA
Em "Água-de-Lua",
as três jovens cantoras
que compõem o trio,
já começam impondo
a sua categoria. "Faca
de ponta, peixeira/ Pau na
moleira, espingarda/ Cano
comprido estampido no ar...
A morte um dia há de
chegar... Berço de
uma sereia...", na bela
letra de Djavan.
As suas vozes afinadas, não
só acompanham, mas
criam um clima poético,
com um ritmo compassado bem
adequado à todo o conjunto
das vozes, melodia, ritmo,
acompanhamento musical.
Em "Nuvem Negra",
segunda faixa do CD, sempre
de Djavan, uma das vozes se
destaca, a de Lúcia,
no clima romântico e
de dor-de-cotovelo da música.
As outras vozes, de Flávia
e Marina, ora acompanham,
ora se conjugam, na poesia
dorida que caracteriza a música.
"Passa nuvem negra, larga
o dia/ E vê se leva
o mal que me arrasa..."
Já em "Violeiros",
se destacam, de início,
os violões. O trecho
"Friagem no ar, no lajedo..."
demonstra um domínio
delicioso e melodioso das
vozes. No final, vozes e violão
brincam alegremente.
Em "Aliás",
o ritmo bem marcado dá
espaço às cantoras
de demonstrarem o seu virtuosismo,
uma a uma, acompanhadas pelos
vocais. "É um
sacrifício dizer um
não/ Em seu ofício
de obedecer à paixão...
Aliás, quem não
quer ser feliz?" Agora,
é a vez de Flávia
de destacar.
Em "Mal de Mim",
o arranjo instrumental é
primoroso, e a voz de Marina
sola, acompanhada pelos vocais
das suas irmãs. A flauta,
ao fundo, com um som linear,
e com os violões em
uma rebuscada troca sonora,
acompanha, enriquecendo de
vez o conjunto.
Em "A Rota do Indivíduo
- Ferrugem", a flauta
de Lúcia começa
com uma melodia belíssima.
E por aí seguem as
vozes do "Amaranto",
que dão à letra
e à melodia um enriquecimento
invulgar. Tudo isso, mais
o acompanhamento do violão
de Flávia, se destacam
com muita categoria. "Restos
de sonho/ Sobre um novo dia/
Amores nos vagões..."
Em "Retrato da Vida",
que dá título
ao CD, de início, cada
voz canta só, depois,
se juntam: "O retrato
da minha vida/ É amar
em segredo..." O acompanhamento
é de primeiro nível,
e as irmãs não
deixam por menos, cantando
em uníssono ou sozinhas,
com um domínio vocal
e uma presença no palco
de veteranas. "Mas e
você o que faz/ Que
não repara no chão/
Por onde tem que passar/ E
pisa em meu coração..."
Agora, "Faltando um Pedaço",
na qual a melodia se destaca,
em ritmo lento. A voz de Flávia
inicia, a letra se destaca
pelo andamento que é
dado à melodia. Os
músicos fazem a sua
parte com competência,
e, depois, o Amaranto retorna,
fazendo todos sonharem acordados.
"O amor e a agonia/ Cerraram
fogo no espaço... O
amor é como um rio
/ Galopando desafio... O amor
é um grande laço/
Um passo por uma armadilha..."
Em "Pedro Brasil",
a voz de Marina sobressai,
e o ritmo é de samba,
bem apropriado à letra,
"Quem descobriu... Quem
libertou... Quem construiu...",
com muito significado.
"Seca", uma das
faixas mais belas do CD, com
a voz profunda de Lúcia
surgindo: "A Terra se
quebrando toda/ A fome que
humilha a todos..." A
melodia é linda, em
um arranjo musical que muito
a valoriza.
"Nem um Dia", uma
faixa muito bonita também,
começando em tom baixo,
que depois aumenta, e as irmãs
Flávia, Lúcia
e Marina mostram, mais uma
vez, um maravilhoso domínio
vocal, com suas vozes que
se encaixam em uma sonoridade
brilhante, acompanhadas pelo
violão. "Longe
da felicidade/ E todas as
suas luzes/ Te desejo como
ao ar...
Ä última faixa
do CD, "Curumim",
o encerra com fecho de ouro:
flautas transversais, flauta
doce, violão, guitarra,
baixo, percussão, bateria,
e o Amaranto se juntam em
um show memorável,
com expressões indígenas,
contrastando (não por
acaso) com um coral da Igreja
ao final. A letra de Djavan
é deliciosa e Flávia,
Lúcia e Marina Ferraz
empolgam a todos que as ouvem
ou vêem, seja em disco
ou ao vivo, com suas presenças
marcantes, suas lindas vozes,
e sua criatividade e bom gosto
incomuns!
O CD é o "Retrato
da Vida (Amaranto Canta Djavan)",
do trio Amaranto, composto
pelas irmãs Flávia,
Lúcia e Marina Ferraz,
acompanhadas por Agostinho
Paolucci (violão, violão
7 cordas, guitarra), Titi
Godoy (baixo), Serginho Silva
(percussão), André
Godoy (bateria, percussão,
pratos), Marcelo Chiaretti
(flauta, flautas transversais),Ronaldo
Cadeu (violoncelo, violão),
Flávia Ferraz ((violão),
Lúcia Ferraz (flautas,
flauta doce, gaita) Guilherme
Paoliello (violão),
Milton Ramos (contrabaixo),
Du Macedo (cavaquinho), Carlos
Ernest (oboé, corne
inglês).
Concepção do
Projeto: Amaranto
Coordenação
do Projeto: Flávia
Ferraz
Direção Musical:
Geraldo Vianna
Todos os arranjos instrumentais,
exceto "Nem um Dia",
"A Rota do Indivíduo"
e "Pedro Brasil"
são de Guilherme Paoliello,
com a participação
criativa dos músicos
envolvidos no projeto.
Todos os arranjos vocais são
do Amaranto; "Nem um
Dia": violão flamenco
criado por Ronaldo Cadeu.
"A Rota do Indivíduo":
violão e gaita arranjados
por Amaranto.
O site do Amaranto é
o www.amaranto.com.br .
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