
neste
tempo somos um vagar de nuvens
entre o absinto e as estrelas
sentimos o porvir
que nos conduz ao abismo
mesclamos
nossas têmperas
com o vinho inebriante
dos seios das mulheres medievais
com sua pele clara
seus seios fartos
suas ancas transbordantes
suas coxas soberbas
seus sexos indizíveis
perambulamos em tardes tropicais
pela volúpia que nos transforma
em faunos lúbricos
que nunca se esquecem
das loucas madressilvas
entontecidas de prazer
perdidas em florestas
tortuosas e labirínticas
que cruzam os umbrais
discretos da tarde
ouvimos
os cantos sensuais das jovens
que dormem entre este mundo
e o outro
que nos ensinam o que aprenderam
das suas mestras do kama sutra há milênios
em choupanas rodeadas por lagos serenos
em que os brâmanes da antiga Índia
louvavam os seus deuses
no transcorrer das suas vidas
Abilio
Terra Junior
29/01/2007
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